sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Caco de Vidro

















Gosto do poema selvagem;
do que arranha a imagem
e irrompe das entranhas
gritando para as montanhas:

Hei de chegar bem alto!
Gosto de poema do asfalto;
de poema andarilho,
que foge do trilho...

Gosto do poema quase rústico;
do não arquitetado,
do não planejado...

Gosto do poema caco de vidro
que, além de cortar,
ao sol consegue brilhar.


A.J. Cardiais
16.08.2016
imagem: google

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